A agonia dos Inversos

A agonia dos mais velhos é vislumbrar a morte se aproximar.

A agonia dos mais novos é ser testemunha disso.

A agonia dos mais velhos é tomar para si como verdade a impotência, fraqueza, esquecimento e desrespeito.

A agonia dos mais jovens é ser cúmplice disso e não perceber a cada dia que passa seu semelhante caminho para o fim.

A agonia dos mais velhos é sentir-se jovem demais.

A agonia dos mais jovens é não perceber o quão novos são.

Como acaba essa dualidade bipolar?
Como sentir?
Como negar?
Como viver?

A agonia do homem é ter sempre mais perguntas.

Contudo, a agonia não é geral!
Para aqueles que sempre
são na moral,
de novo ao velho,
do velho ao novo,
a virtude da vida com alegria,
destreza, coragem e sabedoria
permanecem!

E com uma satisfação profunda,
com mais vontade de velho ser, tem e será! Mas obviamente não um velho antigo, um velho vintage!
Super na moda!

E com mais virtuosismo que seus opostos, mais elegância e desembaraço, prossegue a vida.

MadKramer~

Madrugada

No silêncio da noite nosso eu interior se mostra presente. No coração calmo, a morada da madrugada em nosso quarto nos mostra quem realmente somos. O que pensamos, sentimos, ressentimos e amamos. 

A madruga trás um sentimento único e especial de conhecer a si mesmo. Seja refletindo, vendo tv, séries, filmes, ouvindo música, fumando cigarros, maconha, estudando, trabalhando, meditando, recriando, se reiventando, tomando água, refrigerante, cerveja, whisky, vodka, cachaça, vinho, leite, café, chá, ou até mesmo suco de manga. 

Ver filme com um pote de sorvete de companhia, pizza, Salgados, pipoca, sanduíches, doces, sobremesas, ou a sutíl e insubstituível presença do amado ou amada. Ler ou escrever, orar rezar, clamar ou chorar.

 Durante o dia à correria toma conta, pessoas sempre correndo. Para onde? Não sei, algumas delas nem sabem o porquê de tanta correria, mas a madrugada, ah a madrugada é a festa calma e pessoal da alma, mente e coração.

- Raphael Moura

Sistema Educacional

Quando crianças, não conseguimos ter o discernimento necessário para ler nas entrelinhas o porquê somos obrigados a frequentar esses ambientes tão atrasados e ineficientes. 

Nas escolas, crianças aprendem a ser competitivas, à tratar outros seres humanos como concorrentes, a julgar os outros pela aparência, e inconsequente no ato de julgar inteligente, aqueles que seguem todas as regras, padrões hereditários ridículos e ultrapassados que por acaso é o resultado de uma sociedade tão conturbada. 

As coisas seriam bem diferentes se as crianças aprendessem a desenvolver suas habilidades únicas, ao invés de treinarem toda sua infância, adolescência e até a forma adulta, para ser apenas uma cópia à mais. 

Existem vários tipos de inteligência.  "Lógica, motora, espacial, musical, interpessoal, intrapessoal e linguística." Se existe realmente um "sistema" por trás de todo lixo da sociedade, eu não sei. 

Mas caso exista, o mesmo seria a carta magna para tamanha falta de educação e má formação do ser humano.

- Raphael Moura

Primeira impressão

Pele macia, olhos grandes, olhos tão grandes quanto um sopro de loucura que encheria um oceano coberto de neve. Ideia absurda que lembra uma foto de criança quando ainda era uma lagarta e hoje transformou-se em borboleta. 

Asas de aparência frágil mas com espírito de leoa que transmite cada olhar desconcertante, de olhos castanhos e inocência de uma criança que em sua essência encontra um leve sorriso sincero e consegue cativar. 

Vestindo sua melhor roupa, vestido simples que não tem nada demais, mas nela tem a magia de encantar qualquer andarilho que ali passar. 

Foi em uma simples visita que foi de encontro à alguém que a muito tempo não via e até já não fazia mais sentido o que importava ou sentia, no escuro da noite onde as estrelas sobram e a fome aperta, tudo pode acontecer ou desaparecer no pensamento que já não liga, mas sente que precisa, à alma da mulher mais bonita que não é vista nas revistas, muito menos serve de assunto nas mídias, mas consegue ser sentida no órgão que dá vida e proporciona o brilho de emoção que respira.

 - Raphael Moura