Manipulação de massa

Os filmes onde as máquinas controlam a raça humana já começaram. Estamos vivendo o trailer do momento tão esperado, onde a tecnologia daria um salto.

O engraçado é que ninguém quer saber como sãos feitos. Só querem poder ir em uma loja e comprar o produto.

Pra quê procurar saber o que é átomo? Massa, próton, elétron. Energia, matéria, mecânica quântica? Não, não, isso é chato, vai dar trabalho. É melhor continuar assim, sempre foi assim, pelos senhores de engenho sermos controlados. 

- Raphael Moura

O tempo

Parecem aqueles efeitos dos filmes. Aqueles efeitos onde a câmera vai girando e mostrando ângulos, paisagens e acontecimentos diferentes. Fração de segundos seguindo o ritual do próprio tempo. Ele voa, voa. Voa tão rápido que mal dá para perceber.

 Às vezes quando você tenta perceber ele já levou tudo. William Faulkner eu concordo com você, às vezes é preciso esquecer, não sentir o seu entardecer. Ah o tempo. O tempo é poesia. Poesia onde o período contínuo mistura-se a eventos que se sucedem.

- Raphael Moura

Segurando o cinzeiro e uma bituca de cigarro vejo as cinzas caírem. Observando o tempo, os amigos ao meu lado e o quanto as companhias devem ser valorizadas. É nessas noites geladas que me atenho ao valor da vida. Boas companhias, experiências misturadas em várias cabeças separadas que se acoplam e cada palavra falada e algumas gargalhadas. 

Fotos são tiradas registrando momentos inesquecíveis, mesmo que um dia à distância seja à mola propulsora de uma possível data marcada de separação. Definitivamente, os amigos são mais da metade dos bons dias. Os antigos, os novos, os do presente, do passado, do futuro. Uma mistura de vários mundos. Esse é o real absurdo de todas as beleza deste mundo.

- Raphael Moura

Padrões de beleza

Qual padrão correto a se seguir? A cada década muda um pouco, e com os anos, além das décadas, a necessidade humana de venerar.

Tentar se igualar aos padrões que consideramos difíceis. Mas não são só as propagandas e a mídia que propagam isso, existem outras ferramentas muito poderosas. A infância e a adolescência.

O desejo de ser aceito entre os coleguinhas e as coleguinhas é uma mistura de amor e ódio que podem desenvolver distúrbios alimentares e psicológicos. E você? Quer mudar o seu corpo, ou acha que deve mudar para ser aceito?

- Raphael Moura

Observo a natureza e aprendo com ela. Para quê tanta pressa? Para quê tantas preocupações? Todas as invenções criadas pelos humanos têm um toque da natureza.

A diferença é que esses outros seres estão em outro patamar. Parece que o cérebro reptiliano está se saindo melhor que o córtex dos humanos. 

- Raphael Moura

Sou trans

Papai, mamãe o que está acontecendo? Não gosto desse vestido rosa. Por que não sou como meus amiguinhos?

Na infância nunca obtive respostas para essas e outras perguntas que me angustiavam. Quando meus seios começaram a crescer, olhando para o espelho eu pedia para Deus parar de me castigar.

Um dia como outro qualquer me cansei de buscar aprovação dos demais. Foi dentro de mim que reconheci meu valor e encontrei a paz. Hoje, não importam os julgamentos, sou e sempre fui um bom rapaz.

- Raphael Moura

Society

E se eu fosse embora?  Como seria se eu vivesse solto na natureza? Sociedade louca, espero que não sinta minha falta, pois não sinto nem um pouco a sua. Por muito tempo me contive. Andei por todos os lugares possíveis e observei a decadência humana de perto. Pessoas zumbis por todos os lados! 

Pele, ossos, órgãos e tristeza em traços de expressões faciais que doía até em mim só de observar. Sociedade louca espero que não sinta à minha falta, perto de ti eu seria apenas mais um incompreendido ou mero psicopata. Longe de ti eu sinto a liberdade que sempre persegui.

- Raphael Moura

Em terra de cego, quem enxerga é rei

Vendo onde cheguei, é difícil me recordar das coisas que passei. Esse parque de diversões chamado VIDA, por muitas pessoas parece ser um brinquedo cheio de defeitos.

Faço do meu brinquedo uma fotografia, uma filmagem! Rebobinar todo o filme de trás para frente, me faz enxergar os horizontes de maneira diferente.

Hoje consigo enxergar o que a maioria tem medo de aceitar. Em um mundo de cegos e caolhos, quem tem 100% da visão é rei em meio à multidão.

- Raphael Moura

A realidade muda de acordo com a percepção do que é real. Lamentável época em que diante de todo conhecimento a sabedoria continua sendo descartável.

- Raphael Moura

- João eu não te entendo.

- O que tu precisas entender?

- Ora, como o quê? Como tu consegues ser assim? Como consegues não temer a morte?

- Pedro, você já imaginou o planeta  Terra com Adolfo Hitler e vários outros deste zodíaco ainda vivos? - Não entendi, o que isso tem haver com signos? Disse João incrédulo.

- Não falo de signos, e sim da burrice semelhante em busca do poder sobre outros seres humanos. Pedro, a morte é o que dá sentido à vida. É o entusiasmo de acordar todas as manhãs. Sem a existência dela não haveria evolução, nem tampouco motivo para se estar vivo. Posso parecer irônico, mas a morte é a personificação da existência humana.

- Raphael Moura

Pego a estrada por tantos mapas e pedras viradas. O vento entra pela janela do carro invadido meu coração de ansiedade e prazer.

O gosto da liberdade eu haverei de ter. Esse é o meu lazer! O combustível químico de todo o meu ser!

- Raphael Moura

- Obrigado por me dar apoio, sem o teu consolo não sei se eu estarias à beira de um precipício me perguntando qual o sentido da vida.

- Não se preocupe, estarei sempre aqui para o que der e vier. Por que não levantas e toma um café? Quem sabe a cafeína melhora teu ânimo. 

- Obrigado minha filha, mas para à depressão não existe cafeína, cocaína, endorfina, qualquer droga que melhore a minha rotina. A disciplina de minha mente é quem precisa de uma mudança fina. 

- Raphael Moura

Tem coisas do coração que só podem ser compreendidas se unindo a outro coração covalente.

- Raphael Moura

Interpretação de imagem

Alimentos não alegram a todo momento. Enquanto alguns calmaria por fora, outros chuvas fortes por dentro.

Uma delas assim que olhou para à chefe, já entrou em desespero sem se preocupar com o lamento.

Alguns funcionários mais atrás terminavam o almoço para mais um turno, enquanto a responsável pela cozinha olhava para o chefe se perguntando: a que horas será o próximo sexo?

- Raphael Moura

- Como iremos fazer isso?

- Calma rapaz será fácil. Sabe aqueles escritos que alguns seguem? Distorcemos e controlamos a massa pelo medo.

- Só isso? Bom, eu gostei, mas tive uma ideia para ajudar.

- Qual? 

- Nós podíamos pegar uma parte dos mais fracos e jogá-los em um lugar excluído.

- Gostei, mas qual intuito?

- Não é óbvio? Eles vão se proliferar e desejar continuar miseráveis.

- Como vão desejar ser miseráveis?

- Não é óbvio? Eles vão sentir inveja de nós e assim nunca vão conseguir prosperar. Podemos continuar com os escravos pagando a eles uma pequena quantidade de dinheiro e nunca irão se revoltar, afinal, tem outros miseráveis querendo o lugar de escravo.

- Entendi, mas acho que ainda falta alguma coisa. Já sei, podemos usar a morte como algum tipo de paraíso, tipo, um descanso eterno, aí eles vão sofrer na esperança de um "descanso eterno" e com a inveja de nós vão achar a moeda algo ruim, um tipo de pecado inconsciente.

- Ficou muito bom, vamos agora por em ação!

- Raphael Moura

Depois de tanto não viver, resolveu mudar. Acordava, ia trabalhar, voltava, comia e dormia. O robô sistemático se revoltou com a sociedade e resolveu viver de verdade.

- Raphael Moura

 As vezes é preciso arrumar as velas para que o vento volte a soprar na direção certa

- Raphael Moura

- Vamos subir?

- O que tem lá em cima?

- Cachaça e cocaína 

- Essa vida não me pertence mais

Hoje, prefiro Chaves, escolinha do Golias, Chapolin e Sérgio Vaz.

- Raphael Moura

Sou tudo aquilo que tu achas

Em quanto alguns querem paz, outros querem discutir a paz. Em quanto uns querem guerra, outros querem discutir  a guerra. 

Sou um passivo observador que um dia se cansou das coisas inúteis que um dia mergulhou. 

Aquele que me criticou julgando-me como falso pacificador, ao chegar em casa abriu uma carta enviada por mim que dizia: Sou tudo o que tu achas. Nem mais nem menos, tu é quem decides como desejas me enxergar. 

- Raphael Moura

Da play

Convoque o seu Buda na variação de miúda. Grajauex, cheio de durex, Criolo doido brincando com a mente de um bom retornex.

As pessoas não são más, variedade de caráter vai na fusão ou difusão, de experiências, culturas e todas as loucuras dessa monocultura de igualdade que promete, mas nunca se configura.

- Raphael Moura

Inferno Particular

Tua presença acalma meu pulmão pesado, entre conversas e silêncios ante, durante e pós sexo que compartilhamos em vários momentos poéticos.

As baladas e tudo o que chamamos de sociedade não sentem nossa falta. Por que deveriam? Nossos céus particulares disfarçados de inferno, são os melhores invernos.

- Raphael Moura

Viajar

Viajar é a cura para tua loucura. Quanto mais tempo tua alma fica sem as viagens que desejas fazer e as aventuras à desbravar, mais o teu coração irá rachar. Pego vários aviões e começo a concertar. Em forma de cicatriz os aviões vão se enfileirando e o embarque para o "novo" se encontra sorrindo no comando. 

- Raphael Moura

Brincando com o português

O a + a vira crase antes do por que separado sem acento circunflexo. Interrogação em forma de uma frase imaginável que fala: Por que motivo? Não! Sem essa de aviso! Não vou por trás desse carro por nenhum motivo. 

O motorista traz gasolina adulterada, ensinando que o z, o s e o acento agudo podem insinuar significados diferentes de acordo com a frase. O português e suas malcriações vão mudando junto às gerações. Nem o analfabeto consegue escapar. Como seria diferente? 

Eu não escapei, tu não escapaste, ele não escapou, nós não escapamos, vós não escapastes. Nem eles escaparam. E olha que nem a primeira página da gramática terminaram.

- Raphael Moura

Rimando com o L

Leio livros limpos, leves, luminosos. Levam-me longe. Longevidade laçada, livrai-me, logo lanço luta, longa literatura!

Labiata, Lenine, letras ligeiras levando loucura labiríntica lacrimal.

Ladrão leiloando lágrimas limpas. Livre lorota! Legislação lesada.

- Raphael Moura

Navegar na internet

Energia de tecnologia mergulha na imersão dessa sinergia tão abundante que ilumina.

Professores, pintores, escritores, médicos, dentistas, pedreiros, garçons, vendedor de queijo na praia ou sacoleira da 25 março!

Seja lá qual for o teu trabalho, exercício ou plano dentário, a internet nos possibilita viver em um mundo que antes era imaginário. Ainda que acabem todos os salários, a tecnologia continuará mudando o cenário.

- Raphael Moura

Saudades do que ainda não vivi

Às vezes me pego olhando tuas fotos. Não os teus álbuns, apenas as que tenho em meu celular. É engraçado que essas mesmas fotos acabam remetendo a sentimentos de saudades. Saudades do quê? Não sei! Entre os acontecimentos e obrigações do dia à dia, à calmaria da liberdade invade todo meu ser. 

É gostoso e excitante sentir saudades e vontade de falar contigo sabendo que não é por obrigação e ao mesmo tempo saber que caso eu prefira ver tv ou fazer qualquer outra coisa, não serei obrigado e visse versa. Poderia dizer que isso é uma relação mescla. Duas cores diferentes que ao se conectarem dão forma a outra cor ainda mais bonita. 

Achei que escreveria algo mais poético, então pensei: o que seria mais poético do que gostar de alguém e não fazer desse sentimento algo romântico e clichê? Não, isso não faz parte dos corações e mentes de sagitarianos e aquarianos. Nossos cérebros são bem mais excitantes. No Brasil são 01:07 da manhã, o dia está acabando pra mim assim que eu cair no sono, enquanto que o seu está só começando. 

As 5 horas de diferença e a distância entre os países até que não é tão ruim. Na verdade o universo mexeu os seus pauzinhos para ser assim. Afinal qual seria a explicação para me sentir tão conectado com uma mulher que está tão longe. Mesmo com a distância sinto tua mente aqui comigo fazendo parte do meu dia á dia. 

Espero que mesmo com as 5 horas de diferença e muitos e muitos quilômetros de distância também esteja sentindo o conforto de minha mente aí te acolhendo e te protegendo, mesmo que telepaticamente. Mas é só por pouco tempo...

- Raphael Moura

Acabaram os contos de fada

Completamente esquecido, o sapo nunca foi o mesmo. A muito tempo atrás ele era alegre! Não importava o quanto tivesse que esperar sabia que a princesa iria encontrar e diante da cena final iriam se beijar.

Os desenhos mudaram e com eles a falta de interesse das crianças por "finais felizes." Pobre sapo. Quem diria que não teria outra chance de virar príncipe.

- Raphael Moura

A disponibilidade é uma merda

O momento em que mais ficamos vulneráveis é quando estamos apaixonados. Muitas vezes este estado de enamoramento nos expõe no sentido de sermos nós mesmos com o(a) outro(a), sem nos equiparmos com os escudos diários que colocamos em nossa armadura emocional e cerebral ao saímos de casa. 

Algumas vezes, tais comportamentos despertam exposições do(a) outro(a) e você diz para si mesmo: ok, cessar fogo! Noutras, você percebe que o(a) outro(a) não está se expondo da mesma maneira e seu escudo que estava dentro do guarda roupa já criando teias de aranha após anos de reconciliação com seu estado emocional antes abatido por um ex amor que te feriu muito, sai de casa, volta para sua armadura, fica maior que você e te faz lembrar que o amor próprio te ensinou um dia que as pessoas não gostam de pessoas disponíveis.

 Aí o amor próprio vence. Não se sabes se ele é realmente o verdadeiro vencedor, alguns dizem que quem vence é a entrega, mas para todo bom escudo, não se importar e deletar da memória e o lado esquerdo do peito é luxo de mais para encarar a dúvida da caverna.

- Raphael Moura

Tristeza sexual

Irmãos se consolam em uma espécie de desistência diante de tantos tipos de negligência. À inocência foi breve e a decência nunca existiu.

Já estavam ali a dez dias. O estrago psicológico foi tanto, que a desistência era um tipo de flagelação. Não entendiam o porquê, mas se sentiam culpados por estarem sendo escravizados sexualmente.

- Raphael Moura