O ser humano é um barco e a vida um mar. Na imensidão das águas há vários caminhos para navegar. Alguns parecem ser tão importantes que um dia como outro qualquer passa a não ter mais importância. O coração é o guia e o cérebro um mapa.
Às vezes os dois entram em conflitos, mas com sabedoria, os dois podem trabalhar juntos buscando os mesmos objetivos. O destino é importante, mas o caminho é quem vai mostrar se o barco vai ancorar ou continuar navegando. As vezes é preciso arrumar as velas para que o vento volte a soprar na direção certa.
A ilha, à cidade, o vilarejo ou o paraíso paradisíaco, são umas das opções de destino pelos vários caminhos navegados. Algumas vezes tubarões e baleias vão tentar desestruturar o barco, nessas horas o capitão precisa ser sábio. Caso contrário o número de tripulantes que encontram-se navegando ao seu comando será tão inútil quanto estar molhado e não querer se molhar.
Tempestades podem chegar para abalar emoções que já estavam submersas. Alguns continuam navegando, outros se entregam à cada raio que cai. Talvez seja preciso abandonar os motores e começar à remar. Mas à hora de ancorar ou de continuar vai depender do estado do barco.
Ilhas que parecem ser magníficas podem ser exploradas e com a exploração à constatação de que a rota foi uma ideia equivocada. Ou talvez que seja uma oportunidade única. Entre tantos barcos, tantas velas, tantas tempestades, tantos mares calmos e nervosos, continuar navegando é opção. Cada barco sabe a importância para si mesmo da tal navegação.
Quando o barco não tiver mais navegador, tripulantes ou estruturas, o destino da ancorarem pouco vai importar, mas sim o que foi vivido durante toda navegação.
- Raphael Moura
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